A FENACERCI marcou presença numa mesa redonda dedicada ao tema “Desinstitucionalização: caminhos a seguir”, realizada no âmbito do seminário “Pessoas com Deficiência em Portugal: uma perspetiva baseada em direitos”.
A iniciativa, promovida pela Secretaria de Estado da Inclusão, em parceria com a Comissão Europeia, decorreu no passado dia 15 de janeiro, no auditório do Instituto da Segurança Social em Lisboa, com o objetivo de «oferecer um espaço de análise e discussão sobre a forma como o acolhimento institucional de pessoas com deficiência se organiza, atualmente, em Portugal, numa perspetiva de direitos e liberdades fundamentais».
Joaquim Pequicho, administrador executivo da FENACERCI, destacou o papel das CERCI que, desde a sua génese, se afirmaram como respostas de base comunitária para a promoção dos direitos das pessoas com deficiência intelectual. «É preciso valorizar este capital do percurso das cooperativas, dos seus profissionais e das próprias famílias, e valorizar o trabalho que se faz no terreno», afirmou. Joaquim Pequicho referiu que «o combate às culturas institucionalizantes não pode esquecer o apoio que as pessoas precisam».
Para este dirigente, o caminho da desinstitucionalização faz-se através de uma «arquitetura de diálogo entre as várias partes interessadas», que consiga «corrigir as contradições que existem entre os discursos e as práticas».
A mudança de paradigma implica «um processo de transformação e de capacitação das organizações e das comunidades». Um processo que a FENACERCI e as suas associadas assumem claramente através da Carta de Compromisso para o Acesso aos Direitos e Inclusão Comunitária, recentemente apresentada.
O seminário contou também com um painel dedicado à apresentação de boas práticas em contexto institucional, onde marcaram presença Preciosa Santos, da CERCIPOM – com a apresentação da Residência de Autonomização e Inclusão recentemente inaugurada; e Ana Cláudia Silva, da CERCINA, com a apresentação dos projetos de inclusão comunitária do CACI.